PALAVRAS DO SANTO PAPA BENTO XVI (LK 10,25-37)
Recebido
O Evangelho deste domingo inicia com a pergunta que um doutor da Lei faz a Jesus: "Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?" (Lc 10, 25). Sabendo que ele era perito nas Sagradas Escrituras, o Senhor convida aquele homem a dar ele mesmo a resposta, que de fato formula perfeitamente, citando os dois mandamentos principais: amar a Deus com todo o seu coração, mente e forças e amar o próximo como a si mesmo. Então o doutor da Lei, quase para se justificar, pergunta: "E quem é o meu próximo?" (Lc 10, 29). Desta vez, Jesus responde com a célebre parábola do "Bom samaritano" (cf. Lc 10, 30-37), para indicar que compete a nós tornar-nos o "próximo" de todo aquele que tiver necessidade de ajuda. [...] Esta narração evangélica oferece o "critério de medida", ou seja, a universalidade do amor que se inclina para o necessitado encontrado por acaso (cf. Lc 10, 31), seja ele quem for (Enc. Deus caritas est, 25). Ao lado desta regra universal, há também uma exigência especificamente eclesial: que "na própria Igreja, enquanto família, nenhum membro sofra porque passa necessidade" (Ibid.). O programa do cristão, aprendido do ensinamento de Jesus, é "um coração que vê" onde há necessidade de amor, e age em consequência (cf. ibid., 31). (Papa Bento XVI, Angelus de 11 de julho de 2010)